#101 – Jogar com as expectativas – Uma conversa com Bia Nunes de Sousa
#101 – Chegou o dia! A nova temporada de Prelo está no ar. 🎙️ ✍🏼 😃
Depois de três meses de um recesso fértil e necessário, de viagens, leituras, conversas e silêncio, retorno com a saudade e a alegria de reencontrar uma grande amiga, um grande amigo.
A imagem não é casual nem gratuita. Se há algo que venho nutrindo com você e o restante da comunidade, é uma conversa sempre em andamento sobre fenômenos às vezes pouco evidentes, muito sutis sobre o processo de criação.
É algo íntimo, sem dúvida, um método da proximidade em relação às coisas (um método “literário” de conhecer o mundo? talvez). Para além da transcendência dos conceitos e das ideias abstratas, de como o ofício da escrita vale como uma revolução imperativa e generosa, de apropriação do que nos é próprio.
Na nova temporada, seguiremos conversando sobre processos criativos, o ofício da escrita e os meandros da publicação. Quero dividir com você alguns sistemas, insights e achados sobre segredos da ficção, da alquimia das palavras e de como criar um ambiente inventivo, saudável, rico em ideias e associações.
Um ambiente no qual você vai poder fazer da escrita um instrumento de subjetivação, uma ferramenta de reflexão, de contemplação, de equilíbrio.
A literatura é uma abertura para aquilo que há de mais elaborado no encontro entre a história íntima e social. E no Prelo, seguimos reunindo, como dois rios que se encontram, a escrita e a psicologia da criação. É o diálogo incontornável entre o processo e a obra, o que vemos e o que não podemos ver, mas que exerce efeito sobre nós.
No episódio de hoje, converso com a Bia Nunes de Sousa, editora da Vestígio, que publica grandes obras como Nação Dopamina, Talvez Você Deva Conversar com Alguém e Foco Roubado, dentro tantas outras.
Nesta conversa, falamos sobre uma publicação recente da casa, O lado bom das expectativas, do jornalista da BBC David Robson, um livro que conversa muito com o ofício da escrita, porque investiga o efeito que nossas expectativas exercem sobre o resultado de um trabalho. Vamos discorrer sobre:
a. O que é efeito placebo e nocebo na alimentação, controle de stress e força de vontade, e como você pode fazer para operar segundo estes conhecimentos para escrever mais e melhor;
b. Os efeitos fisiológicos – mensuráveis, portanto –, causados pela ideia que fazemos das coisas. De como doenças imaginárias podem ser tão mortíferas quanto as verdadeiras;
c. Dicas e orientações para você que pretende enveredar pela não-ficção e escrever uma obra de divulgação científica. O que há em comum entre as obras bem sucedidas do gênero, e o que você pode aprender com elas.
Bia Nunes de Sousa é editora, tradutora e produtora de conteúdo com mais de 20 anos de experiência. Atualmente trabalha na Editora Vestígio, do Grupo Autêntica, onde é responsável pela prospecção e produção dos livros de autoconhecimento e divulgação científica. É formada em Direito pela PUC-SP, com especializações em Língua Portuguesa e Literatura pela Unip e Gastronomia, História e Cultura pelo Senac-SP.
Instagram da Bia: @bianunesdesousa
E para adquirir o livro O lado bom das expectativas, CLIQUE AQUI.
Editora Vestígio é editora de não ficção e ficção do Grupo Autêntica.
Instagram: @editoravestigio
Catálogo no site, CLICANDO AQUI.
Livros citados:
- Talvez você deva conversar com alguém, de Lori Gottlieb
- A fábrica de cretinos digitais: os perigos das telas para nossas crianças, de Michel Desmurget
- Nação dopamina: por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar, de Dra. Anna Lembke
- Foco roubado: os ladrões de atenção da vida moderna, de Johann Hari (ouça o Prelo #083, A atenção em risco)
- A chave de vidro, de Dashiell Hammett
- Faça-os ler!: Para não criar cretinos digitais, de Michel Desmurget
- Um teto todo seu, de Virgínia Woolf (e traduzido por Bia Nunes de Sousa na edição da editora Tordesilhas)
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