Durante muito tempo, convencionou-se ensinar que a primeira pessoa, ao narrar uma história, era a mais incerta, a duvidosa, porque implicava numa voz parcial, um recorte específico, que derivava muitas vezes numa perspectiva enviesada da realidade.
#038 – Ponto de Virada: o fenômeno Rachel Cusk #038 – Como entender um fenômeno editorial, uma virada nos rumos de um autor, o momento em que de uma prosa límpida se passa a uma necessidade incontornável entre os ...
Reencontrei há alguns dias esta crônica que escrevi em Xangai, na China, em 2019, em uma temporada asiática que fizemos naquele ano. Voltamos cinco meses antes daquele incidente zero que impediria todo mundo de viajar. Talvez estejamos passando pela lenta ...
#037 – Plataforma: a presença autoral entre os livros e as redes #037 – Neste episódio, refletimos sobre a presença do escritor nas redes sociais, e de como você pode criar uma base e um fundamento para a sua criação ...
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Revisar um livro é uma delícia. É como um jogo de sete erros no qual o cálculo linguageiro procura sustentar uma estrutura de pequenos e grandes componentes. A revisão é o momento da arquitetura e da escultura. Do detalhe e da engenharia.
Hoje, a ideia parecerá uma fantasia. Uma loucura.
Mas foi justamente o que me aconteceu em 2014. Recebi uma bolsa para escrever um romance e decidi que ele nasceria de uma viagem, uma versão mais leve dos projetos de um ano do artista taiwanês Tehching Hsieh. Já ouviu falar?
O medo é um lance ardiloso. Não importa que digam que se trata de um traço evolutivo importante, que se não fosse por ele nos atiraríamos na jaula do leão, nos trilhos do trem. Um afeto que nos garante a sobrevivência mas ameaça de tantas formas a vida me parece uma falha enorme na seleção natural.